[Resenha] Azul é a cor mais quente

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Nome: Azul é a cor mais quente
Editora: Martins Fontes
Ano de Lançamento: 2013
Edições: 01

Azul é a Cor Mais Quente, tradução da novela gráfica "Le bleu est une couleur chaude", da francesa Julie Maroh. A HQ conta a história de Clementine, uma jovem de 15 anos que descobre o amor ao conhecer Emma, uma garota de cabelos azuis. Através de textos do diário de Clementine, o leitor acompanha o primeiro encontro das duas e caminha entre as descobertas, tristezas e maravilhas que essa relação pode trazer. A novela gráfica foi lançada na França em 2010, e ganhou, em 2011, o Prêmio de Público do Festival Internacional de Angoulême. Além disso, foi filmada em 2012 pelo franco-tunisiano Abdelatiff Kechiche e levou a Palma de Ouro, prêmio mais importante do Festival de Cannes. Em tempos de luta por direitos e de novas questões políticas, Azul é a Cor Mais Quente, surge para mostrar o lado poético e universal do amor, sem apontar regras ou gêneros.

Eu já tinha ouvido falar no filme - mas ainda não assisti - porém, não sabia que tinha uma HQ... Então, quando "esbarrei" nela enquanto procurava alguma HQ para ler, fiquei curiosa e comecei a ler.

A história me deixou intrigada no início, pois começa com uma garota sentada em um ônibus, lendo uma carta. Logo o leitor descobre que se trata de uma carta de alguém que já faleceu e deixou para sua amada seus bens mais preciosos... Seus diários.

E é então que o leitor embarca na narrativa de Clementine, uma garota de quinze anos. Ela se sente atraída por uma garota de cabelos azuis que vê na rua e após sonhar com ela começa a se autocriticar e se repreender por isso.



Mas como ninguém consegue controlar o próprio coração, o leitor acompanha como foi essa descoberta da personagem, do momento em que ela percebeu que gostava de meninas...


...até o momento em que circunstancias a levaram a amadurecer. E no momento em que ela amadurece e se aceita como é, sua vida muda radicalmente. A mensagem principal que essa história nos passa é a mais antiga e simples do mundo: Ame. Apenas ame sem medo, se entregue sem pensar duas vezes e viva cada dia como se fosse o último, pois não sabemos o que o amanhã dos reserva. 

Toda a história é narrada através das lembranças da Clementine, que estão sendo lidas pela Emma. Em alguns momentos vemos interações dela com o pai da Clem, que era completamente contra o relacionamento das duas, chamando-a de depravada e dizendo que ela levou a filha dele para o mau caminho (pois é assim que acontece, né? As pessoas escolhem por quem vão se apaixonar... Juro que revirei os olhos cada vez que tinha uma parte assim).

Gostei das cores e dos traços dessa HQ. A narração em tons escuros, com pequenos destaques em variações da cor azul ficou muito bonito. Azul é a cor mais quente é uma história linda, que aborda de forma delicada e realista o preconceito e tudo que envolve essa caminhada que muitas pessoas fazem até descobrirem e aceitarem quem realmente são e perceberem que o amor é a única coisa que pode salvar alguém. (Piegas, eu sei, mas acredito nisso com todas as minhas forças...)

Vale muito a pena ler essa HQ; para quem gosta do gênero é uma ótima leitura e por ser um quadrinho é uma leitura bem rápida, mas tem uma boa dose de emoção, então esteja preparado para derramar algumas lágrimas.

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