Entrevista: Rodrigo Araújo, autor de Diário da Liberdade

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Bom, hoje eu trouxe para vocês uma entrevista que fiz com o Rodrigo Araújo, autor do livro Diário da Liberdade (Em breve resenha aqui no blog!). Para saber mais sobre a obra clique aqui.

1- Diário da Liberdade se passa em uma época bem diferente da nossa. Como foi a pesquisa sobre os costumes e modo de vida daquela época para escrever o livro?

A medida em que a história foi se desenvolvendo e exigindo alguns elementos históricos e o estudo do comportamento humano, decidi pesquisar e acrescentar fatos verídicos a uma ficção. Tudo foi fluindo naturalmente e sem um planejamento inicial.

2- A Anna é uma personagem forte e a frente de seu tempo. Já nos primeiros rascunhos do livro você queria passar essa mensagem, ou a ideia surgiu depois?

A personalidade da Anna é bastante obscura, sendo predominantemente instável, indecisa e impulsiva, mas devido aos problemas causados pela sua rotina, se obrigou a ser forte. A sua mudança de vida dependia de uma escolha ousada, ou permaneceria assim por toda a sua vida, como todas as outras mulheres da época, independente de classe social. A personalidade forte foi construída ao longo da história, fruto da sua impulsividade. Ela se arrependeu várias vezes, mas quando veio perceber, já não podia fazer mais nada e acabou por aceitar a enfrentar todos os obstáculos decorrentes das suas escolhas.

3- Como funciona sua rotina de escrita? Primeiro rascunha a história ou só "joga" as ideias no papel?

O processo da escrita foi muito rápido e inesperado. As ideias foram surgindo aos montes e para não me perder ou deixar a história confusa, tratei de me preocupar apenas em escrever e por último veio as alterações e correções ortográficas e gramaticais. O primeiro capítulo serviu como referência para toda a história, os demais vieram automaticamente. O processo em si, demorou cerca de três meses, onde se adaptava de acordo com a minha rotina, ora em papel, ora no notebook, ora no celular.

4- Como surgiu a ideia de escrever Diário da Liberdade?

A ideia surgiu da necessidade de mostrar através da época diferente da nossa, que os obstáculos sempre existiram e na época em que ela viveu, eram bem maiores que os atuais, as dificuldades e limitações eram intensas, mas nem por isso ela se rendeu a uma vida fadada ao fracasso, que na opinião da personagem, seria ter uma rotina doméstica, como qualquer outra mulher, sempre se mantendo dependente do marido para tudo.

5- Para quem não leu a obra, explique aos leitores o porquê do título do livro.

O título do livro se baseou na vida corrida da personagem, pois ela adorava registrar os momentos mais marcantes e rascunhou o diário em suas viagens nas explorações marítimas e os guardava em um lugar seguro, escondido de todos, devido ao receio de ter os seus registros queimados novamente. Daí o título “ Diário da Liberdade”, como um grito desesperado para que as pessoas das gerações futuras, tenham o conhecimento do outro lado obscuro da moeda.

6- Seu livro tem uma abordagem diferente e carrega no enredo algumas lições de vida e mensagens sobre a busca pela liberdade e sobre lutar para mostrar ao mundo quem você realmente é. Como você espera que os leitores reajam a história da Anna?

Em meio as muitas dificuldades do mundo moderno, as pessoas acabam desistindo facilmente dos seus sonhos, perante os obstáculos da vida comum, deixando a sua particularidade por medo do julgamento da sociedade e acabando não aproveitando a vida como deveria, por medo de julgamentos ou frustrações. Espero inspirar os leitores a não perder o tempo com coisas supérfluas e que levem um pouco para as suas vidas a personalidade da Anna. Precisamos ser um pouco mais ousados.

7- Você tem outros projetos literários em andamento? Fale um pouco sobre eles.

No momento, estou trabalhando na continuação do diário da liberdade, onde o próximo livro se intitula “Manuscritos Perdidos”. O segundo volume, conta a trajetória da Anna em um momento anterior ao primeiro volume, reunindo alguns fatos que não foram abordados com clareza, neste primeiro volume e tem lançamento previsto para o fim deste ano. Está previsto também, um terceiro e último volume, que terá como título “Aurora, a Filha da Luz”, que acrescenta alguns pontos importantes, num momento após primeiro volume.

8- Quais são seus escritores favoritos?

As minhas principais influências são os autores: Paulo Coelho e Franz Kafka. Eles serviram de referência para eu desenvolver um estilo próprio de escrita.

9-Quais dicas você dá para quem quer iniciar a carreira de escritor?

O escritor iniciante não pode ter pressa e nem ansiedade, pois independente da qualidade da sua obra, a construção de um público sempre demora um pouco a acontecer, mas com a divulgação assertiva e o contato com o público que se deseja alcançar, o caminho se torna mais curto, possibilitando que várias pessoas leiam a sua obra. Tudo é questão de planejamento, tanto no processo de escrita (estipulando prazos para a conclusão dos capítulos e nesta fase se deve pensar em divulgar, planejar o evento de lançamento), quanto no pós publicação ( marketing direcionado, parcerias com blogs, sorteios).


Agora um Bate e Volta para conhecermos mais sobre você:

Seu livro de cabeceira: A Metamorfose
Um escritor: Paulo Coelho
Um filme: Eva - um novo começo
Uma frase: "O que você vê quando fecha os olhos?"
Um sonho: Visitar a Finlândia

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