O que aprendi antes dos 20
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Cada dia que passa fico mais
perto dos 21. Estou tão empolgada com a possibilidade de viajar para qualquer
lugar e aproveitar sem restrições de idade que não tinha percebido o quanto o
tempo passou rápido.
Não quero ficar
melodramática, mas quem me conhece sabe que quando paro e penso na vida, isso é
inevitável.
No fundo, continuo sendo a
mesma garota tímida que cresceu no interior, sem muitos amigos. Mas por fora
criei uma espécie de armadura com o passar dos anos. Minhas metas mudaram, meus
medos também. Mas, de alguma forma, os sonhos continuam os mesmos que eu tinha
vários anos atrás.
Com o passar dos anos
aprendi a gostar mais de mim. A não dar atenção ao que falam de mim. A correr
atrás do que quero, mesmo que todos digam que é impossível. Nunca gostei dessa
palavra. Aprendi a dar as costas a pessoas que não acrescentam nada a minha
vida, sem olhar para trás.
Aprendi também que
oportunidades não caem do céu. É preciso lutar muito e se esforçar ainda mais
para ter tudo o que se deseja. Aprendi que mesmo que uma pessoa pareça certa,
que se diga seu amigo e aparente estar sempre presente, nem sempre é digna de
sua confiança. E mesmo que pareça errado, às vezes é preciso dar as costas a
pessoas que estão na sua vida há muito tempo para conseguir seguir em frente de
cabeça erguida.
Aprendi que meus defeitos
fazem parte de quem sou. Que tudo que vivi, certo ou errado, acabou me
transformando no que sou hoje. E mesmo que às vezes eu pense em como seria se
tivesse tomado uma decisão diferente, isso não significa que devo me arrepender
de minhas escolhas.
Aprendi que os amigos de
verdade são raros. Levei muita rasteira, confie em muita gente que sequer
merecia minha atenção. Mas agradeço a cada uma por tudo. Sem os amigos falsos e
as decepções, nunca saberia o valor dos que estão ao meu lado mesmo quando só
quero ficar na minha bolha.
Aprendi a valorizar mais a
minha família. Espero que você aprenda o mais cedo possível que a única pessoa
em quem você pode confiar de olhos fechados é a sua mãe. No meu caso, tenho a
sorte de ter uma mãe e uma irmã incríveis. Que me aguentam falando dos meus
livros e das minhas ideias. Que sempre apoiaram meus sonhos e nunca viraram as
costas para mim.
Aprendi a diferença do amor
para a paixão. Já me apaixonei inúmeras vezes, por vários sorrisos diferentes.
Agora que já passei por muita coisa nesse quesito, aprendi a ir com mais calma.
A prestar mais atenção nos detalhes. A não entregar meu coração ao primeiro
sorriso bonito ou abraço apertado. A valorizar mais a reciprocidade, não a
impulsividade. Menos promessas e mais realidade é a melhor forma de encontrar a
pessoa certa e perceber as erradas.
Aprendi que um eu te amo não
significa que o que estamos vivendo será eterno. Apenas significa que naquele
determinado momento de minha vida, eu sinto que aquela pessoa é especial e
importante para mim. Só por que já falei eu te amo para muitas pessoas erradas,
não significa que me apaixono fácil. Significa que já me importei com pessoas
que pareciam certas na hora. Aprendi a valorizar mais as ações e menos as
palavras.
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