[Resenha] Diário da liberdade - Rodrigo Araújo

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Nome: Diário da liberdade
Autor (a): Rodrigo Araújo
Nº de páginas: 171

Anna Loren viveu no século XVIII e através do seu Diário da Liberdade, que foi escrito a punho por entre intervalos das extensas viagens marítimas, conta toda a sua ousadia para conseguir galgar uma vida menos sofrida. A jovem oriunda de Porto – Portugal, buscou durante todo o seu tempo de vida, romper os obstáculos para conquistar a tão sonhada liberdade, entre momentos de aflições e alegrias, conseguiu entender que o verdadeiro sentido da liberdade, não seria o mesmo do que tanto imaginava em seus pensamentos fantasiosos.
Esta obra, é o primeiro volume de um total de três livros. O segundo volume é composto por alguns escritos perdidos de Loren, anteriormente queimados, onde agora é possível ler uma boa parte deles, onde conta a sua história de vida desde criança até uma boa parte da sua adolescência. Já o terceiro e último livro, mostra a continuação do primeiro volume, sendo a parte decisiva e mais importante da história.



Diário da liberdade foi uma leitura complexa para mim. Em parte pela narrativa formal, que não estou muito acostumada, e em parte pelo tema do livro. Eu nunca tinha lido um romance histórico. O enredo gira em torno do mercado de vinho de Portugal no século XVIII. 

Ana é mulher que sempre viu o mundo um passo a frente das pessoas que a cercavam. O leitor acompanha sua vida em casa, seu casamento, sua luta para ver a empresa de seu pai crescer e se tornar uma das melhores do ramo, o nascimento de sua filha e todos os seus momentos de felicidade, aflição e tristeza.

O livro tem o formato de diário, onde a personagem Ana narra como foi sua vida e seu trabalho. Confesso que esperava algo mais "diário", senti falta de datas e como os capítulos são muito longos, em alguns momentos achei a leitura cansativa.

O autor nos mostra como era a vida naquela época, o que achei bem interessante, mas não senti aquela conexão com a personagem que nos faz entrar na história e viver a vida da personagem pelos olhos da mesma. 

Não é uma leitura ruim, mas não me conquistou como eu esperava. Adorei aprender um pouco sobre a época, até porque minha família é de Portugal e sempre fui apaixonada por tudo que é de lá. Mas, em contrapartida, fiquei um pouco triste por ver um tema tão interessante não ter sido trabalhado de uma forma mais instigante e envolvente.

Indico aos amantes de romance histórico, talvez a experiência de vocês com o gênero os façam ver a história de uma forma diferente.

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1 comentários

  1. Ingrid, acompanho o seu blog há muito tempo e amo suas resenhas. Sempre são de grande importância para a escolha das minhas leituras. Fui presenteada com o diário da liberdade a cerca de duas semanas por um amigo e resolvi voltar aqui para dar a minha opinião. Acredito que tudo é ponto de vista... Gostei muito do livro, mas como espiritualista posso dizer, que é preciso estar preparada para uma leitura como essa. Tive que ler o livro até o fim para poder vim falar sobre ele. Adorei o livro, original, diferente de tudo que tenho visto à venda. Para ser um livro da geração atual... Diferente dos livros que lia na década de 80. Percebo que existe uma preocupação do autor em manter autenticidade do que foi passado a ele. Gostei da forma que o português é colocado, do conteúdo e principalmente da essência que o trabalho me passou. Recomendaria a obra.

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