Entrevista J.O. Brook e L.B. Brook
10:35
1-Quando
surgiu o interesse de vocês pela leitura?
J.O.
Brook:
Desde
muito novo e ainda lembro o meu primeiro livro (literatura) uma aventura dos
cinco de Enid Blyton, sempre vivi lendo principalmente romances e biografias, anos
depois meu primeiro emprego foi vender livros de porta á porta e li de tudo um
pouco desde escritores portugueses aos internacionais.
L.B.
Brook:
Eu
também desde muito nova tinha prazer na leitura, tanto que eu quando tinha seis
anos e a minha irmã três ensinei-a a ler como fazem as professoras e sempre
vivi rodeada de livros, tive uns pais que nos incentivavam, acho que apenas eu
cultivei esse gosto na família.
2-Quanto
tempo vocês levaram para escrever Sete
pecados ao vento? Em algum momento foram “assombrados” pelo bloqueio
criativo?
J.O.
Brook e L.B. Brook:
Olha
o nosso romance por ser uma trilogia surgiu de uma forma inesperada e por
brincadeira, somos consultores de casais e palestrantes e a presidente da ABEME
Paula Aguiar fez um desafio após escrevermos um livro em parceria com ela, um
livro técnico para o mercado de sexshop que é o “Guia Gospel para Sexshops e
Consultores de casais” disse se seriamos capazes de escrever uma historia
sensual e assim começou o nosso livro, que era para ser apenas uma historia,
virou o primeiro, o segundo e o terceiro livro, ela foi surgindo com muita
naturalidade para nós como uma fonte de água que brota da terra e vai
invadindo, por meses vivemos para os nossos personagens.
3-Qual
é a história de Sete pecados ao vento?
J.O. Brook e L.B. Brook:
A
história foi inspirada num dos melhores romances que é “O Conde de Monte
Cristo”, tudo acontece em Portugal (a minha terra J.O. Brook) numa vila
piscatória de nome Vila Nova de Milfontes e conta o amor de um pescador com 17
anos de nome António pela filha da família mais poderosa da cidade, um amor
proibido e o pai de Ana Maria mandar matar o rapaz, ele sobrevive e foge para o
Brasil, trinta anos depois ele refez a vida tornando-se um bilionário poderoso,
contudo durante todo esse período a sede de vingança foi aumentando e 30 anos
depois ele volta não mais como pescador e sim como Comendador António
Bettencourt, na terra ninguém sabe quem é aquele homem poderoso, ele volta para
se vingar de tudo e todos destruindo a vila que o viu nascer, contudo os planos
deles podem ser alterados com algumas coisas que vão acontecendo no decorrer do
seu plano maquiavélico, depois é um romance com vários romances e partes bem
ousadas e sensuais para todos os leitores.
4-Se
pudesse escolher um escritor famoso para uma parceria quem escolheriam?
J.O. Brook:
Definitivamente Danielle Steel e Nicholas Sparks.
L.B. Brook:
Silvya Day e Jojo Moyers.
5-Qual
a sensação de publicar um livro?
J.O. Brook e L.B. Brook:
Um
turbilhão de sensações, primeiro nunca foi um plano na nossa vida e estamos
adorando tornou-se um objetivo de vida continuar a escrever sobre o amor e as
suas formas na vida das pessoas, depois significa passar horas imaginando a
chegada do nosso “filho”, sentir o cheiro do papel e ver ele na Bienal para
todos poderem ler uma historia que nos deu muito prazer, é difícil usar
palavras para explicar todas as sensações misturadas de alegria, medo,
felicidade, agonia, receio.
6-Vocês
tem outros projetos em andamento?
J.O. Brook e L.B. Brook:
Sim,
“Sete Pecados ao vento” já esta pronto, temos “Estrela D’Alva”, “Fui apenas um
anjo” também prontos e em andamento ao mesmo tempo mais três romances que são
“O meu conto de fadas”, “Anjos caídos” e o nosso primeiro romance evangélico
“Promessa de um milagre”.
7-Qual
música vocês diriam que é a música tema de Sete
pecados ao vento?
A
primeira é um fado (risos sou português) que se chama “Sete pedaços ao vento”
da fadista Cristina Branco e “Blanco y Negro” da espanhola Malu, vale a pena
ouvir elas entre muitas outras músicas, o bom do livro é que os leitores vão
encontrar elas lá nos romances dos personagens, brasileiras tivemos inspiração
para o regresso de António a sua terra “Coração do Agreste” de Fafá de Belém,
ouvimos um pouco de tudo para escrever.
8-Algum
dos personagens tem um pouco de vocês ou de alguém que vocês conhecem?
J.O.
Brook:
Sim,
alguns têm um pouco de mim ou de como gostaria de ser, claro que não vou dizer
quais são, mas o “Comendador” tem muito de mim, acho que quando escrevemos
colocamos uma parte de nós e sem duvida que muitos personagens são inspirados
em pessoas que conhecemos, a vida é rica de personagens capazes de enriquecer
qualquer historia.
L.B.
Brook:
Eu
tenho um pouco da Ana Maria também, no sentido de lutar pelo que desejamos ou
sonhamos, mas como o J.O. disse algumas pessoas aparecem na nossa frente quando
escrevemos ou lemos o nosso romance.
9-E,
para encerrar, o que vocês diriam para os leitores que sonham em se tornar
escritores?
J.O.
Brook:
Lutem,
escrevam, sonhem e continuem a lutar, nunca pensem que alguém vai ler o vosso
livro e dizer “Estava à espera deste livro para publicar” e o nosso livro não é
o melhor de todos, mesmo sendo o nosso livro e para nós ele é, mas para uma
editora é apenas mais um projeto de uma pessoa que quer ser escritor, quando
ouvirem um não, não desistam e acreditem que pode dar certo e continuem a ler e
a escrever, arrumem “amigos” que não conhecem para ler, nós temos um grupo de
60 mulheres no Brasil e na Europa que leem tudo o que escrevemos e dão as
criticas delas, algumas nem conhecemos e nem somos amigos.
L.B.
Brook:
Desistir
não pode estar no vosso vocabulário e muito menos no vosso pensamento, acabou
uma historia começa outra e não fica apenas acreditando naquela que você mandou
para a editora, continua a escrever afinal o teu grande sucesso pode estar por
vir, nós tivemos o privilégio de conseguir publicar o
nosso primeiro livro que escrevemos, mas depois deste já terminamos outros que
queremos ver nas mãos de muitos leitores.
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