[A trilha da serpente] Entrevista com Jéssica e Ariana

08:15


Esta é a transcrição da entrevista que realizei com Jéssica e Ariana no dia 03/10/2017.

Oi meninas tudo bem com vocês?

Ariana- Bem não é a palavra que eu usaria. Você passou meses ouvindo a gente falar o que vem acontecen...
Jéssica- Estamos bem sim.

Como vocês se sentem ao ver a história de vocês indo parar nas estantes de várias pessoas do país?

A- Estranha. Eu estava lendo o livro depois de finalizado e não sei se concordo com algumas coisas que você...
J- O que a minha querida amiga está querendo dizer é obrigada.
A- Eu não...
J- Obrigada por contar a nossa história e nos ajudar a encontrar outros como nós.

E como é fazer parte de uma tribo moderna em meio a tanta tecnologia do século XIX?

J- Não é muito fácil. Eu adoro meu celular, mas o pajé não acha uma boa ideia ficarmos com os nossos.
A- Argh. Aquela conversa chata sobre ficarmos conversando pelo whatsapp, twittando ou olhando o Facebook e o Instagram ao invés de treinar.
J- E ele está certo...
A- Mas isso não significa que eu vou concordar com ele.

E como é a convivência com o pajé?

J-  Estranha
A- Muito estranha.
J- Mas um estranho bom.A gente não consegue vê-lo como um adulto, mas com certeza ele é um mentor.
A- Ele tem um jeito peculiar de ensinar, mas aprendi muita coisa com ele.

E os outros descendentes? Como é conviver com eles?

A- Somos uma tribo. Não somos tradicionais, até tentamos com os treinamentos e tal, mas não é fácil. Existem pouquíssimos índios no Brasil, a maioria é descendente de índios, então aprendemos muito uns com os outros.
J- E como a maioria cresceu sem ter a menor ideia do passado de suas famílias. Estamos todos aprendendo sobre quem realmente somos.
A- E todos os monstros que querem nos matar e deuses irritantes que querem...
J- Nos aconselhar.
A- Eu não usaria essas palavras.
J- Eu sei.

Se vocês pudessem escolher alguém para lutar ao seu lado contra o Boitatá novamente, quem escolheria? Ah, e Jéssica não pode escolher Ariana, nem Ariana a Jéssica.

A- Já que não posso escolher a Jéssica, acho que escolheria o Rodrigo. Ele é ótimo com o arco e flecha e acho que formaríamos uma boa dupla.
J- Uma ótima dupla.
A- Pode tirar esse sorrisinho do rosto, ela fez uma pergunta e eu respondi. Apenas.
J- Claro. Claro.

Mas e você Jéssica?

J- O Pedro. Ele me ensinou tudo que sei e tem séculos de experiência em batalhas.
A- Então nem passou pela sua cabeça falar que me escolheria se pudesse?
J- Não.
A- Não?
J- Acho que não. Você ainda está aprendendo, ele já sabe tudo e mais um pouco.
A- Que ótima amiga. Me trocando pelo namoradinho na primeira oportunidade.
J- Eu não... Ele não... Nós não...

O.k. Vamos para a próxima pergunta. O que vocês mais gostam de fazer quando estão na tribo?

A- As aulas sobre as pedras e o que elas fazem. Tem inúmeras pedras preciosas com propriedades mágicas e as pessoas não fazem a menor ideia...
J- Os treinamentos.
A- As aulas sobre ervas também são bem legais.
J- Prefiro os treinamentos.
A- Aprendi a fazer poções. E o pajé tem vários arquivos com poções incríveis. Para quase tudo.
J- Os treinamentos são mais divertidos.

Obrigada meninas, queria conversar mais com vocês, mas ainda tenho que entrevistar o pajé e os outros.

J- Não pergunte sobre a idade do Rodrigo e do Pedro. Eles ficam um pouco sensíveis com esse assunto.
A- E não pergunte sobre as roupas do pajé. Você não vai querer saber. Acredite.


Ariana e Jéssica levavam uma vida normal. Após um incidente estranho no corredor do colégio, elas embarcam em uma jornada onde descobrem que descendem de uma tribo indígena extinta e que os personagens folclóricos são reais.
O Boitatá despertou e está deixando uma trilha de destruição pelo país. E só os descendentes poderão derrotar a serpente que ameaça destruir tudo que elas conhecem. Mas, se todos os mitos são reais, será a serpente o único inimigo?


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